quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Experiências recentes - Parte 1: Greyhound

No início do ano havíamos comprado ingressos para o show do U2 em Vancouver. Na hora de planejar a viagem, percebemos que ir de ônibus custaria 1/3 da opção de carro ou avião. Feito. Compramos as passagens via Greyhound (não há opção, só eles), reservamos um hotel ali por perto e seguimos no planejamento. Eu havia utilizado os serviços da Red Arrow para ir a Edmonton a trabalho e tinha ficado muito satisfeito. Mesmo sabendo que o Greyhound não é tão bom, estamos no Canadá e qualquer serviço por aqui deve ser igual ou melhor que no Brasil, certo? Vejam a seguir...

Seguimos para a rodoviária na terça à tarde. O embarque já foi uma onda: depois que um camarada decaptou um companheiro de viagem num ônibus desses perto de Winnipeg, eles começaram uma operação pente fino em todos os passageiros e vasculham toda bagagem de mão e passam detetores de metal em todos os passageiros. Mais fácil embarcar num vôo internacional saindo dos EUA... A rodoviária da Greyhound é a visão da decadência. Não há uma visão inspiradora sequer.

Uma vez no ônibus, a poltrona que eu escolhi não reclinava. Na segunda tentativa, já forçando, o passageiro de trás - maior que eu - informou cordialmente que eu não poderia reclinar, pois não havia espaço para as pernas dele... O ônibus partiu com 20 minutos de atraso. Por sorte, um passageiro ao lado saltou na terceira parada (Banff) e nos mudamos para outras potronas, onde pude reclinar. Reclinar? As poltronas são tão próximas umas das outras que reclinam menos que nos aviões da Gol. A cada novidade a viagem ia ficando mais longa... Outra coisa foi a nhaca do sujeito que estava lá antes da gente. Foram horas para dissipar e sumir a catinga!

Nesta rota são previstas 23 (vinte e três!) paradas. Algumas só 'stop-and-go' e outras com descanço de 10 a 30 minutos. Na medida que a noite avançava, ia ficando mais claro que esta seria uma experiência terrível. Não tinha espaço para esticar as pernas abaixo da poltrona da frente nem tinha como reclinar. Com 1,83m, imagine aí... Se consegui dormir 1 hora no trajeto de 15 horas foi muito. Quando o dia amanheceu, já estávamos nos aproximando de Vancouver e o engarrafamento foi de mais de 50km entrando na cidade na hora do rush. Enfim chegamos por volta das 8:50 da manhã da quarta.

A primeira coisa que fizemos na estação (que é compartilhada com os trens de passageiros), foi tentar um reembolso da passagem de volta (não foi possível, menos $100 na conta) e consultar a Hertz sobre a possibilidade de alugar um carro para voltar para casa. Uma coisa tínhamos certos naquela hora: Greyhound nunca mais!

Moral da história: se precisar ir para algum lugar e Greyhound for a única opção, melhor ir a pé ou pedindo carona na beira da estrada!

Mas estávamos em Vancouver (primeira vez) e com ingressos para a melhor banda do mundo em toda a história! Vejam próximos posts (parte 2 e 3) sobre estes temas. A parte 4 fala da volta.

Abraços!

Um comentário:

D. e CM. disse...

Gente
Os onibus da Greyhound sao horriveis mesmo
Tive 2 experiencias
Uma foi ai de calgary para banff e o onibus vinha de Regina , Sk ...pense, parecia que era um pau de arara. lotado, o povo com uma nhaca e os assentos mais desconfortaveis

A outra foi retorno tambem para Calgary. Tambem demorou quase 3 hrs pra chegar. A unica viagem boa com eles foi Vancouver - Whistler no inverno, o motorista era tambem um guia turistico e foi a viagem inteira explicando as coisas e brincando .

Tudo de bom pra vcs
Em março estaremos ai

Abraços

Danielle