quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Dezembro está chegando!

Oi pessoal,
Dezembro está chegando e junto com o mês o Natal também!!! Natal para mim é um dia muito triste e saudoso, sempre foi, por isso não costumo ficar sozinha, gosto de reunir as pessoas que tenho um carinho especial para junto com a gente fazer aquela baguncinha, isso não significa dizer que não sabemos o significado do mesmo, sabemos sim, mas cada um com sua crença...
Para mim é muito importante que as pessoas que estão aqui se sintam bem, afinal, todo ano tem gente nova para ter seu primeiro natal em família (Marido/esposa e filhos), longe de sua família (Brasil), nada melhor do que poder está com pessoas que vivem a mesma situação, por isso todo ano formamos nossa família, para nos sentirmos mais vivos nesta data. Sempre fazemos nosso amigo oculto/secreto, é super divertido, assim com essa baguncinha, não choramos e nem mesmo lembramos que estamos tão longe.
"Longe dos olhos, mas perto do coração". É assim todo ano!!!
Bom, como o Natal está chegando é hora de cada um dizer o que pretende ganhar de Papai Noel...rs, até que esse ano a lista foi pequena, mas bem complicada! Gabriela e Lucas pediram de presente um cachorrinho, o pedido foi tão lindo que não conseguimos resistir, por isso estamos vendo um cachorrinho para eles, mas o menos esperado aconteceu: Eles querem pagar o cachorrinho com o dinheirinho deles, achei a idéia muito legal, isso também é um forma deles valorizarem o que é deles. Durante todo o ano juntamos os reciclados e levamos para troca, aqui latas, caixinhas de suco e outros, são reciclados que vc recebe dinheiro na hora da troca, esse dinheiro vai todo para o cofrinho deles e o mesmo só pode ser aberto no final do ano.
Esse ano eles juntaram um bom dinheiro com os reciclados e será com esse dinheirinho que eles vão comprar o cachorrinho e seus acessorios, achei isso um barato!
Mas depois veio a pergunta que não quis calar...rs. Quem vai cuidar desse animalzinho? Segundo eles, eles próprios...ai ai ai, parece que já estou vendo. Mas nada como um pedido carinhoso. Que venha o cachorrinho.
Alguém tem uma boa dica para nós dar sobre o melhor cachorro para se ter em casa? Quero algo pequeno!!!
Mudando um pouco, quase muito de assunto: queria agradecer a todos que nos tem acompanhado durante esses dois anos, e dizer que ficamos muito felizes de saber que nosso blog já tem mais de 10 mil acessos.
Valeu galera. FELIZ NATAL PARA TODOS.

Natal Todo Dia
Composição: Mauricio Gaetani Tapajós

Um clima de sonho se espalha no ar,
Pessoas se olham com brilho no olhar,
A gente já sente chegando o Natal,
É tempo de amor, todo mundo é igual.
Os velhos amigos irão se abraçar,
Os desconhecidos irão se falar,
E quem for criança vai olhar pro céu
Fazendo pedido pro velho Noel
Se a gente é capaz de espalhar alegria,
Se a gente é capaz de toda essa magia,
Eu tenho certeza que a gente podia
Fazer com que fosse Natal todo dia!
Um jeito mais manso de ser e falar,
Mais calma, mais tempo pra gente se dar.
Me diz porque só no Natal é assim?
Que bom se ele nunca tivesse mais fim!
Que o Natal comece no seu coração,
Que seja pra todos, sem ter distinção.
Um gesto, um sorriso, um abraço, o que for,
O melhor presente é sempre o amor.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Experiências recentes - Parte 4 (fim): a volta

Como o Greyhound já havia se mostrado impraticável na ida e os vôos em cima da hora estavam muito caros, optamos por alugar um carro e pagar a taxa para devolução em outra cidade. Optamos por um Corolla (apesar de ser carro de bacana no Brasil, aqui é o segundo mais barato da locadora...).
Acordamos por volta das 8 da manhã da quinta, tomamos café no hotel e pegamos um taxi até a locadora, no centro. Demos uma volta até o Stanley Park e zarpamos por volta das 11. Tudo isso debaixo de chuva, fazendo as honras da cidade (Vanchouver, ou Raincouver). Muito trânsito nos primeiros 50km e fizemos nossa primeira parada em Hope, onde paramos para almoçar. A Trans Canada (Highway 1) em BC é uma estrada tranquila e muito bonita. No verão deve ser especialmente interessante passear por ali e teremos que voltar em breve!

O tempo melhorou e ficou estável até Kamloops, onde fizemos um lanche no Tim Hortons e aproveitamos para comprar os ingressos para o show do U2 no ano que vem, em Edmonton (obrigado Daniel pelo aviso!!!). O prazo estava se esgotando para a pré-venda...

Depois de Kamloops começa a subir a montanha e aí a coisa começou a mudar de figura. Baixou uma neblina e encontramos a neve antes de chegar a Revelstoke, já a noite. Mais um lanche no Timmy's, tanque cheio (achei que o Corolla fosse mais longe num tanque...) e tiramos um cochilo de meia hora no carro mesmo.

Daí para a frente, a porca torceu o rabo, a neve engrossou e não dava para ver 100m à frente... Luz alta é inútil nesta situação, pois reflete na neve que cai e não se vê absolutamente nada. É controlar a velocidade e ter calma. A gente deve ter cruzado uns 20 'snow plows' (os caminhões que vêm e vão retirando a neve da estrada). Eles vão a 60km/h e normalmente forma-se uma fila de caminhões e carros atrás.

A maioria dos companheiros de viagem é de caminhões, o que não ajuda. A gente fica ali atrás querendo ultrapassar, mas é difícil. Quando aparecem as faixas de ultrapassagem nas subidas, só uma faixa está totalmente limpa. Se for a faixa da esquerda, esquece, pois os caminhões não vão abrir. Se a faixa da direita estiver livre, sobra a faixa da esquerda para ultrapassar, mas cheia de neve! Enfiei o Corolla pelo menos 4 vezes neste enrosco, mas o danado se saiu supreendentemente bem. Na primeira delas o cálculo não foi muito bem feito e a faixa acabou antes do que eu pensava e a adrenalin subiu um pouco, mas tudo foi contornado.

O GPS gigante da Hertz teve um papel muito importante nesta história. Abri o zoom para visualizar alguns quilômetros à frente para puder antecipar as curvas. Não fosse ele, teria que andar a 40 ou 60 por hora o tempo inteiro para poder me preparar para as curvas, pontos chaves nestas condições.

Passamos por dois carros no 'ditch'. Já me disseram mais de uma vez aqui que quase sempre quem sai da pista é caminhonete, pois os picapeiros tendem a achar que o tamanho do carro revoga as leis da física... De fato, os dois acidentados eram picapes.

Foi nestas condições que passamos pelo Rogers Pass, um dos pontos críticos de acidentes neste pedaço da Trans Canada, e por Golden, onde paramos para mais um breve descanço. Seguimos em frente e o tempo só foi melhorar quando já estávamos na altura de Lake Louise. Andamos mais um pouco e paramos em Banff para descançar. Foi quase uma hora de sono dentro do carro... De lá para casa, foi bem tranquilo. Ainda tivemos que passar na rodoviária da Greyhound para pegar nosso carro, abastecemos o carro alugado e deixamos na loja da Hertz às 4:03 da matina, antes de ir para casa.

Algumas lições:

1. Dirigir numa tempestade de neve não é para qualquer um. Exige cuidado e sangue frio. Na falta de um ou de outro, melhor ficar em casa.
2. Uma viagem destas no inverno, só com pneu de inverno.
3. Bem melhor ter um carro grande para enfrentar o inverno canadense.

Experiências recentes - Parte 3: U2

O U2 é a melhor banda da história. Joshua Tree é o melhor disco da história. Faz 21 anos que sou fã incondicional do U2, só que eu nunca tinha tido a oportunidade de ir para um show deles. Quando anunciaram a turnê 360 graus por aqui, compramos nossos ingressos ainda na pré-venda, em Abril!

Chegamos no BC Place pouco depois das 6 da tarde da quarta-feira, 28 de outubro. Depois de uma breve fila, tiramos umas fotos do fantástico palco ainda desligado e seguimos para a pista, para ficar o mais próximo possível. Conseguimos ficar a cerca de 5 metros da passrela externa (entre a passarela e o palco fica a Red Zone).

Pouco depois das 7 subiu ao palco o Black Eyed Peas - um grande bônus, pois também somos fãs e não sabíamos que eles abririam o show até semana passada! Fergie e companhia bombaram por 1 hora e colocaram a galera no clima.

Bono & Cia abriram o antológico show pouco depois das 9 e exploraram todos os recursos do palco por 2 horas, cantando canções novas e outras já consagradas, para o delírio das 65 mil pessoas que lotavam o estádio.

As músicas de Joshua Tree e Achtung Baby me animam em particular e 'Where The Streets Have No Name' foi a melhor performance da noite!

Detalhe: poucos dias antes do show anunciaram que a turnê vai passar por Edmonton no ano que vem... Naturalmente que estaremos lá, desta vez com uma 'reca' de gente daqui de Calgary. A emoção continua!

Experiências recentes - Parte 2: Vancouver

Nossa primeira impressão de Vancouver, ainda do ônibus, não foi das melhores. Possivelmente não passamos por áreas atraentes da cidade, mas o que vimos não agradou. Acho que não há um bairro em Calgary com tal aparência.

Chegando na estação depois do nosso périplo rodoviário, tomamos café da manhã no MaDonald's lá mesmo e pegamos o Skytrain e ônibus para o hotel. A idéia inicial era passear durante o dia, mas estávamos destruídos, graças ao Greyhound...

Como chegamos cedo no hotel, tivemos que esperar até 11:30 para entrar no quarto. Foi um merecido banho e umas 2 horas de sono reconstrutores. O hotel é simples, mas dentro do que esperávamos.

Saímos de lá novamente por volta das 2 da tarde para circular um pouco e já rumar para o show. Pegamos o ônibus 019 e rumamos para o centro (Gastown), transitando pela Kingsway, uma avenida comercial que atravessa vários bairros residenciais. Ainda, nada muito atraente. Circulamos um pouco (bem pouco) pelo centro e paramos num Starbucks para um lanche. Havia um cidadão tocando violão entoando belas canções de rock (levou um trocado) e um flanelinha (acreditem se quiser!) 'orientando' o pessoal que queria estacionar por ali. O tempo estava chuvoso e tivemos que voltar para o hotel para Mildred trocar o casaco.

Do hotel rumamos para o BC Place, com uma paradinha na lanchonete da Costco para abastecimento. Chegamos no estádio por volta das 6 da tarde (detalhes sobre o show na parte 3 acima). A volta para o hotel também foi de Skytrain + ônibus, tudo numa boa.

Impressionante a quantidade de brazuca por lá! Onde a gente ia, tinha alguém falando português... Só não tem mais que chinês!!!

No dia seguinte, só acordamos 8:30 e saímos para pegar o carro na Hertz depois do café da manhã (incluído na módica diária!). Aproveitamos para dar um giro no centro e tirar algumas fotos, apesar da chuva. Deu para perceber como o Stanley Park é bonito. Mas a hora bateu e a gente teve que zarpar para nossa nova epopéia desta viagem: a volta.

Resumo da ópera: do (pouco) que vimos em Vancouver, só o Stanley Park nos impressionou. Vamos ter que voltar lá para explorar outras áreas da cidade, já que tanta gente diz que é massa e que a cidade oferece uma qualidade de vida tão boa.

Experiências recentes - Parte 1: Greyhound

No início do ano havíamos comprado ingressos para o show do U2 em Vancouver. Na hora de planejar a viagem, percebemos que ir de ônibus custaria 1/3 da opção de carro ou avião. Feito. Compramos as passagens via Greyhound (não há opção, só eles), reservamos um hotel ali por perto e seguimos no planejamento. Eu havia utilizado os serviços da Red Arrow para ir a Edmonton a trabalho e tinha ficado muito satisfeito. Mesmo sabendo que o Greyhound não é tão bom, estamos no Canadá e qualquer serviço por aqui deve ser igual ou melhor que no Brasil, certo? Vejam a seguir...

Seguimos para a rodoviária na terça à tarde. O embarque já foi uma onda: depois que um camarada decaptou um companheiro de viagem num ônibus desses perto de Winnipeg, eles começaram uma operação pente fino em todos os passageiros e vasculham toda bagagem de mão e passam detetores de metal em todos os passageiros. Mais fácil embarcar num vôo internacional saindo dos EUA... A rodoviária da Greyhound é a visão da decadência. Não há uma visão inspiradora sequer.

Uma vez no ônibus, a poltrona que eu escolhi não reclinava. Na segunda tentativa, já forçando, o passageiro de trás - maior que eu - informou cordialmente que eu não poderia reclinar, pois não havia espaço para as pernas dele... O ônibus partiu com 20 minutos de atraso. Por sorte, um passageiro ao lado saltou na terceira parada (Banff) e nos mudamos para outras potronas, onde pude reclinar. Reclinar? As poltronas são tão próximas umas das outras que reclinam menos que nos aviões da Gol. A cada novidade a viagem ia ficando mais longa... Outra coisa foi a nhaca do sujeito que estava lá antes da gente. Foram horas para dissipar e sumir a catinga!

Nesta rota são previstas 23 (vinte e três!) paradas. Algumas só 'stop-and-go' e outras com descanço de 10 a 30 minutos. Na medida que a noite avançava, ia ficando mais claro que esta seria uma experiência terrível. Não tinha espaço para esticar as pernas abaixo da poltrona da frente nem tinha como reclinar. Com 1,83m, imagine aí... Se consegui dormir 1 hora no trajeto de 15 horas foi muito. Quando o dia amanheceu, já estávamos nos aproximando de Vancouver e o engarrafamento foi de mais de 50km entrando na cidade na hora do rush. Enfim chegamos por volta das 8:50 da manhã da quarta.

A primeira coisa que fizemos na estação (que é compartilhada com os trens de passageiros), foi tentar um reembolso da passagem de volta (não foi possível, menos $100 na conta) e consultar a Hertz sobre a possibilidade de alugar um carro para voltar para casa. Uma coisa tínhamos certos naquela hora: Greyhound nunca mais!

Moral da história: se precisar ir para algum lugar e Greyhound for a única opção, melhor ir a pé ou pedindo carona na beira da estrada!

Mas estávamos em Vancouver (primeira vez) e com ingressos para a melhor banda do mundo em toda a história! Vejam próximos posts (parte 2 e 3) sobre estes temas. A parte 4 fala da volta.

Abraços!